terça-feira, 5 de julho de 2011

Repassando-MAIO DE 2011:UM BALANÇO SANGRENTO




MAIO DE 2011:UM BALANÇO SANGRENTO
04 de junho de 2011
Aldo Santos
O mês de maio tem início com a morte de Osama Bin Laden, cheia de
controvérsias e de práticas abjetas por parte do governo Americano, o mesmo
governo que foi laureado com o prêmio Nobel da Paz, nesse episódio determina
o fuzilamento implacável sem direito a defesa ou a interrogatórios
amplamente esclarecedores e possivelmente comprometedores, portanto, um
revide igualmente terrorista.

No mês de maio de 2011, além da referência da farsa da abolição em 13 de
maio de 1888, transformado em dia de denunciar o racismo, vários episódios
aconteceram no cenário da luta contra o preconceito racial, contra a
homofobia, contra a corrupção e contra o projeto do "comunista do capital"
Aldo Rebelo.


Além, das páginas estampadas da corrupção Palocciana, das maracutaias do
líder do governo Romero Jucá, para nossa tristeza ocorreu a morte de um dos
baluartes do movimento negro mundial Abdias do Nascimento.

Ainda no rol das grandes celeumas, a eliminação física de Osama Bin Laden,
criatura da política americana, pelo representante do criador, o
imperialismo representado por Barack Obama, poderá ressignificar o cadáver
"mitológico de Bin Laden" de parte daquele povo. O impacto da morte de
Osama, as circunstâncias da mesma e a violação do território do Paquistão
são alguns dos ingredientes que coloca em xeque a propalada democracia
americana, que de democrata não tem nada.


O que se indaga agora é qual a diferença entre o terror privado e o terror
de Estado praticado pelo imperialismo americano ou a mando do mesmo  ao
longo de sua história? Ambos os terrores são condenáveis a luz da realidade
e da razoabilidade da ética universal.

Mesmo as mudanças que vêm ocorrendo no Oriente Médio e no norte da África,
longe de representar um processo de ruptura revolucionário, grande parte
dessas manifestações estão a serviço da política externa americana, que
perde os anéis para não perderem os dedos e o punho da dominação terrorista
do império pelo mundo.


O terror de Estado massacra o povo no Iraque, no Afeganistão, apóia
movimentos sangrentos de direta pelo mundo inteiro, além de apontar
literalmente suas bases militares para todos os lados e lugares
estrategicamente escolhidos por eles, agora buscam e apóiam uma pseuda
depuração dos seus quadros dirigentes no mundo inteiro, para adaptarem-se as
novas exigências de mercado, e do "politicamente correto" pelo viés e
interesse  geopolítico dos dominantes. Um exemplo condenável dessa agressão
é a matança e a ingerência que estão implementando na Líbia de Kadaffi, que
embora não represente os anseios de mudanças do seu povo, não se pode sob
esse pretexto aceitar, pactuar ou silenciar-se diante de mais uma
intervenção dos países aliados neste pacto de morte num flagrante
desrespeito ao ordenamento jurídico internacional previsto na
autodeterminação dos povos.


O mês termina com manchas de sangue espalhadas pelo mundo inteiro e em
particular, com a morte de trabalhadores rurais sem terra e militantes
defensores da preservação meio ambiente.

Essas mortes representam o sangue derramado injustificadamente dos lutadores
sociais,bem como a incompetência política e institucional da cúpula
Palocciana de Brasília, do PT e seus agregados. Entra ano e sai ano e o
governo que foi eleito com base num discurso pretensamente em defesa dos
trabalhadores nada faz para evitar mortes relacionadas à ausências
explícitas de políticas públicas neste país.

Nesse contexto, a retomada das leituras e da práxis marxista se coloca na
ordem do dia, na preparação efetiva da luta e da resistência revolucionária
contra o império e seus prosélitos.

Lutar contra o imperialismo é preciso!!!



Aldo Santos. Sindicalista, professor de filosofia na rede pública estadual,
Presidente da Associação dos professores de filosofia e filósofos do Estado
de São Paulo, Membro da Executiva Nacional do Psol.


http://www.intersindical.inf.br/artigos_det.php?id=73

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