Mendes nega racha no PSOL
Mendes nega racha no PSOL e critica "dogmatismo evangélico" de sindicalista
20/01/2012 15:50
“Surpreso e assustado” com a saída de Gustavo Mercês do PSOL, o pré-candidato da legenda a vereador e presidente estadual, Marcos Mendes – que foi informado pelo Política Hoje da decisão do sindicalista – negou que exista uma separação dentro do partido, apesar de membros da executiva nacional da legenda terem revelado ao PH que conflitos provocaram um “racha”. O sindicalista abandonou o PSOL motivado pelo que chamou de “defesa exacerbada do movimento LGBTT”, fato confirmado pela mesma fonte, que ainda criticou a imposição de outros pensamentos como a legalização do aborto para toda a militância e a “falta de diálogo”.
Por outro lado, Marcos Mendes garante que os debates acontecem, mas justificou que “quando a maioria vence é preciso seguir” a mesma linha de ideia, apesar de assegurar que “qualquer militante pode deixar clara sua opinião” desde que também revele como pensa o partido. Para ele, o “único caso dentro do PSOL” onde um membro se disse isolado foi o de Gustavo. “Ele sempre foi da igreja, mas de 1 ou 2 anos para cá ele entrou no pragmatismo evangélico, ficou muito dogmático. Ele começou a tentar colocar em discussão coisas da bíblia e da igreja, mas o partido é laico”, criticou Mendes.
A versão de Mendes é contrário a obtida pelo PH através do membro do diretório nacional e baiano. “O partido está indo de encontro a Constituição. Isso é um equívoco de alguns setores do PSOL que são contraditórios à liberdade e até a religiosidade. Como vamos ignorar a religiosidade? Quem é contra o aborto só serviu para fundar o PSOL?”, disparou o integrante que preferiu não se identificar para evitar maiores problemas dentro da legenda.
Sandro Badaró
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