por Alexandre Galvão / Sandro FreitNo primeiro dia de votação na Câmara Municipal de Vereadores desde a ocupação do Movimento Passe Livre (MPL), em 22 de julho, os legisladores avaliam vetos do prefeito ACM Neto (DEM), em que a trilha sonora são os hits entoados pelos manifestantes. Após chancelarem a derrubada do projeto do vereador Alemão (PRP), que obrigava donos de cães de raças como pitbull, dobermann e bull terrier a contratar seguros para eventuais ataques a terceiros, os vereadores foram obrigados a paralisar a sessão por algum tempo, devido ao sumiço das cédulas para votação, no começo da noite desta terça-feira (6). Enquanto procuravam os papéis, ainda tiveram que continuar a ouvir frases como “se gritar pega ladrão, não fica um”. Logo depois, as cédulas foram encontradas e a votação reiniciada, com a manutenção do veto parcial do prefeito ao projeto de Paulo Câmara (PSDB), que proibia a atuação dos flanelinhas. Na lista ainda está o projeto de Marcell Moraes (PV), que considera ilegal a venda de animais em pet shops – como foi acordado com ACM Neto, possivelmente terá o "não" do gestor mantido. O veto à cobrança de 5% de ISS para incorporadoras imobiliárias ainda não foi avaliado.
Foto: Max Haack/ Ag Haack/ Bahia Notícias
Há mais de duas semanas na Câmara, os integrantes do movimento também criaram uma paródia à canção de Margareth Menezes “Uma História de Ifá”, o que tem quebrado o clima tradicional da sessão ordinária. Em vez de Elegibô, a música diz: “Ele, ele é traidor ô ô ô, é traidor ô ô ô”. As reações são diversas, mas governistas têm feito “caretas”. Outros vereadores ensaiam até coreografias, mas logo voltam ao passo discreto. A maioria ainda ri, uma vez ou outra, da criatividade da trilha sonora. Unanimidade mesmo, até agora, só do lado do MPL
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