quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O jogo político dentro do TJ-BA


O jogo político dentro do TJ-BA
O Tribunal de Justiça da Bahia é uma casa política, sem, naturalmente, perder o seu foco jurídico. De certa forma, nos colegiados sempre se pratica política pelo poder e disso não escapa o TJ-BA, que se divide claramente em grupos, que acabam por conduzi-lo. Como em todas as esferas, há os que mandam e os que são mandados. Esses últimos passam despercebidos, insípidos e inodoros, quando ocupam, sob comando, o poder. Terminam sendo apenas um mero retrato na parede da galeria dos ex-presidentes. É sempre assim. O Tribunal baiano tem um grupo majoritário, cujas cartas são, ou eram, distribuídas pelo desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, que reina desde que assumiu a presidência, em 2002, ao derrotar o candidato de ACM, Amadiz Barreto que, ao perder, deixou de comparecer ao tribunal até se afastar definitivamente, sem deixar saudades. Cintra fez todos, ou quase todos para que não haja ressentimentos, os presidentes que o seqüenciaram. Sentou praça, então, no Tribunal Regional Eleitoral, de onde foi duas vezes presidente. Sofreu a sua primeira derrota, justo dentro do TRE, com a queda de Daisy Lago, por um voto (18 a 17), para Sara Brito, desembargadora eleita. Nesse episódio, cometeu-se o desatino de tentar impugnar a eleição, recusada pelo pleno do TJ, na sessão de ontem. Daisy nem lá compareceu. Era candidata apoiada por Cintra. A desembargadora Sara tinha o apoio de um grupo, à frente a desembargadora e ex-presidente Silvia Zariff, que, por sua vez, é adversária da presidente Telma Brito, que transfere o posto agora no dia 1º. de fevereiro. Ambas entram em clinch verbal público numa das sessões do pleno, em nível inaceitável, discussão que, aliás, foi gravada, segundo consta. A resposta de Zariff deu-se com a vitória de Sara. O Tribunal Regional Eleitoral, com o resultado, irá fatalmente mudar de cara, porque caberá à desembargadora eleita (deverá ser presidente do colegiado) presidir as eleições municipais e, ainda, possivelmente com o seu grupo de apoio, encaminhar o seu sucessor para presidir as eleições de 2014.
   
ACM Neto conversa ao pé do ouvido com JH em festival; Paródia de Saulo não foi vista por eles
Foto: Luciano Lé / Facebook
O prefeito João Henrique Carneiro (PP) e o deputado federal ACM Neto (DEM), pré-candidato à sucessão municipal, se encontraram na noite desta quarta-feira (25) em um camarote do Festival de Verão, no Parque de Exposições, em Salvador. Como em 2008 JH, ainda no PMDB, conseguiu a reeleição com o apoio do democrata no segundo turno, contra o postulante do PT Walter Pinheiro – hoje senador da República –, há a expectativa de que a aliança seja retribuída este ano. Embora os dois tenham sido flagrados em conversa ao pé do ouvido, Neto nega que a possível articulação política tenha sido pautada no bate-papo. “Foi um encontro social e mais nada. Estávamos em um ambiente de festa. Isso e apenas isso. Eleição a gente só vai discutir depois do carnaval”, justificou o parlamentar, em entrevista ao Bahia Notícias. Os dois políticos permaneceram pouco tempo no evento e não acompanharam a crítica promovida pelo cantor Saulo Fernandes, da Banda Eva, quarta atração a se apresentar. Dois rappers chamados ao palco interpretaram uma paródia do jingle “Dá pra ver que mudou”, da última campanha publicitária da prefeitura. Leitores do BN relataram à reportagem que o número arrancou muitos aplausos da plateia, sobretudo nos versos “o metrô vai ficar pronto quando eu tiver a idade do meu avô”. “Achei muito válido. Achei muito bom”, declarou a estudante de nutrição Cláudia Silva. O fato teria constrangido outros auxiliares da administração soteropolitana que permaneceram no espaço até mais tarde. “Eu não vi. Já tinha ido embora. O prefeito foi ainda antes de mim”, revelou ACM Neto.

   
  • FW: Racismo no supermecado do Rio Vermelho‏

25/01/2012
Para Edinei Machado dos Reis, nesivalsc@hotmail.com, BenHur Passos Seixas, Vanessa Souza, Carol - Ufba, Marco Antonio, laís Guerreiro, juarez.mr@hotmail.com, hellivan27@yahoo.com.br, Guille Shuller, Ed fisica escolar Ugf, Echel Antonio da Silva Perez, D�cio da Silva, André Bonfim
Exibição Ativa do Hotmail
Brasil Urgente - Mulher presa por racismo em um supermecado


Vejam o video, muito interessante!!!!
Punição á todo ato de racismo, de preconceito social. Isso tem que acabar!!!



 http://www.youtube.com/watch?v=cXEbFtXthKk



11 jan 2012

Racismo, preconceito e punição

Delegada presencia discriminação racial e prende madame que ofendeu funcionária
Rodrigo Meneses 


Racismo, preconceito e punição / Foto: Rodrigo Meneses

A delegada Elza Bonfim ensinou à cabeleireira Edicelia Brito dos Santos, 56 anos, que ofender alguém é crime. Elza estava na fila do supermercado Bompreço do Rio Vermelho quando presenciou a cabeleireira chamar a operadora de caixa Sidnea dos Santos Oliveira, 29,  de preta e burra. “Perguntei se ela estava falando com a funcionária e ela virou para mim perguntando o que eu queria também. Me apresentei e dei a voz de prisão”, lembra a delegada.
Edicelia foi levada para a 7ª Delegacia Territorial (Rio Vermelho) onde foi autuada em flagrante por injúria preconceituosa. A delegada plantonista da 7ª DT, Acácia Nunes, arbitrou fiança de quatro salários mínimos (R$ 2488), quantia paga no  mesmo dia. “Agora ela vai responder ao processo em liberdade”, explica Acácia. A cena de discriminação ocorreu na última sexta-feira.
Ontem, Sidnea foi à Defensoria Pública buscar orientação de como  proceder. “Me senti ofendida e discriminada. Não quero nada dela. Só quero que ela seja julgada criminalmente e  tenha respeito às outras pessoas”, declara. A operadora de caixa sofreu as ofensas  depois de informar à cliente que a fila onde ela estava só poderia passar até 20 itens.
“A cliente disse que eu a destratei, mas só informei o procedimento da empresa. Na hora de pagar ela disse ‘tome aqui a porcaria do  dinheiro. Isso só poderia ser arte de preto que não estudou’”, conta a vítima.

É crime brabo: Detenção de 1 a 3 anos
O crime de injúria consta no art. 140 da Lei 2848. A pena para o crime de injúria, com a utilização de elementos referentes a cor, raça, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, varia de um a três anos de detenção e multa.
O Bompreço informou por meio de nota que preza pela integridade de seus clientes e funcionários e ressalta  que irá oferecer todas as informações necessárias para a conclusão do caso.


Foto: Luciano da Matta / Ag. A TARDE

Lei dura: A delegada Elza Bonfim estava na fila e deu voz de prisão à cabeleireira Edicelia

Sem omissão
A delegada Elza Bonfim, titular em exercício da Delegacia dos Barris, lembra que é a primeira vez em 20 anos de carreira que realiza uma prisão em flagrante por discriminação. “Não poderia me omitir porque também sou negra e o sangue de polícia ferve nas veias”, destaca.
A delegada avisa que toda vez que presenciar uma atitude dessas vai realizar a prisão. “Fico envergonhada, entristecida em ver uma atitude assim numa terra em que a maioria são negros”, completa.
Elza conta que a agressora não acreditou ao receber voz de prisão e tentou ir embora. “Na hora chamei os seguranças e disse que ela estava presa”, lembra.
 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Antoniel Ferreira Junior

http://antonielfjr.blogspot.com/2012/01/salvador-terra-arrasada-do-pos-guerra.html


O evidente nível de deterioração da cidade de Salvador não se explica e tampouco se justifica por elementos externos e conjecturas sócio-econômicas internacionais, pois ao contrário dos Estados Unidos da América e a Europa que enfrentam graves crises econômicas; enquanto o Brasil, por enquanto, ainda que timidamente consegue apresentar sinais de crescimento econômico contrariando as projeções macroeconômicas mais pessimistas.  

No cenário nacional insta ponderar que enquanto os gestores públicos municipais das demais capitais brasileiras fazem um esforço hercúleo para torná-las mais aprazíveis a sua população e os turistas que a visitam temos bons exemplos na cidade de Aracaju, capital de Sergipe que está em festa carnavalesca antecipada (Pré-Caju 2012) e em Fortaleza, a capital do Ceará e que é a capital brasileira que tem as obras mais adiantadas na preparação para a Copa do Mundo se comparada com as demais; enquanto que Salvador, a 1ª capital do Brasil parece ter seguido o caminho oposto: o da degradação.

A cidade parece ter perdido o seu encantamento e os olhares de perplexidade dos turistas que visitam a primeira capital do Brasil demonstram a assertiva, a desagradável surpresa com o cenário de abandono de Salvador também evidenciam o mistério que paira sobre a administração municipal soteropolitana que está inerte diante do contexto caótico da cidade e que não esboça qualquer sinal de reação para reverter tal descalabro que tanto nos envergonha como baianos e acima de tudo como cidadãos. Os problemas estruturais de Salvador não derivam de fatores econômicos internos e externos e sim políticos e administrativos, senão vejamos.

Cumpre destacar que a SALTUR – Empresa Salvador Turismo é o órgão vinculado a administração municipal responsável pelo turismo de Salvador e inexplicavelmente tem sido   comandada por um partido político que faz uma oposição ferrenha ao governo estadual e federal, um partido cujos correligionários  detêem a propriedade de importantes meios de comunicação no estado da Bahia e é o mesmo partido que os baianos rejeitaram nas urnas nas quatro últimas eleições (2004, 2006, 2008 e 2010).

Deixando de lado as polêmicas que envolvem o Camarote Salvador em Ondina, o qual um dos proprietários também é correligionário do mesmo partido; surpreende tal anomalia, pois tanto o partido do prefeito quanto o partido do vice-prefeito de Salvador compõem a base governista do governo estadual e federal.
Para tentar explicar a tamanha balbúrdia política e administrativa que paira sobre a cidade de Salvador só resta até então uma possibilidade plausível: recorrer a História, precipuamente a uma tática militar que foi utilizada tanto nas Guerras Napoleônicas (1799-1815) quanto na metade da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) denominada por muitos historiadores como: “terra arrasada.”

Em 1812 Napoleão Bonaparte estava decidido a esmagar o império russo e invadiu-a com aproximadamente seiscentos mil homens, porém ele não sabia é que os russos haviam abandonado sua própria capital, deixando-a em chamas, sem suprimentos e levando documentos governamentais importantes, além da família real. O objetivo disso era criar uma armadilha para Napoleão, que terminou caindo nela, pois estavam acostumados a saquear as cidades invadidas e a usar os alimentos presentes nelas, o exército francês se deparou com as cidades destruídas, escassa produção agrícola e o rigorosíssimo inverno russo.

Ao atingir o alvo, a capital do império russo (Moscou) Napoleão Bonaparte esperava encontrar o czar para poder obrigá-lo a coroar Napoleão como o “rei” daquele império (esta guerra ocorreu antes da revolução russa em 1917 e a formação da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas em 1922), mas encontrou a cidade em chamas, vazia e deparou-se com falta de mantimentos (terra arrasada) e em pleno inverno russo.

Em tamanha adversidade teve de retirar parte de suas tropas, em meio a morte de seus soldados por hipotermia, fome e ataques de cossacos que utilizavam táticas de guerrilha, após este desastroso conflito com os russos o exército napoleônico teve baixas sucessivas até a sua rendição em 1815.

Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945) a tática da terra arrasada mais uma vez foi aplicada pelos russos (União Soviética) com sucesso, só que desta vez contra os nazistas. Cerca de uma semana antes do início da 2ª Guerra Mundial foi assinado em Moscou na madrugada de 24 de agosto de 1939 (mas datada de 23/08/2012) pelo então Ministro do Exterior Soviético Vyacheslav Molotov e pelo então Ministro do Exterior da Alemanha Nazista Joachim von Ribbentrop um acordo (pacto) que em linhas gerais estabelecia que ambas as nações se comprometiam a manter-se afastadas uma da outra em termos bélicos. Era o tão famoso pacto de não-agressão germânico-soviético.

Em 1941 os alemães quebraram o pacto e sem aviso prévio invadiram o território soviético. Esta foi considerada a maior e mais feroz campanha militar da História em termos de mobilização de tropas e também termos de baixas sofridas, em julho daquele mesmo ano transmitiu-se a população um comunicado de terra arrasada no qual as cidades, casas e plantações deveriam ser destruídos ou queimados, para privar os invasores de qualquer  recurso (a própria população fez este trabalho e migravam para o centro do país) deixando as cidades mais periféricas desprovidas de recursos aos invasores.

O povo soviético utilizando a estratégia da terra arrasada deveria abandonar toda e qualquer complacência com os alemães e deixá-los sem qualquer abrigo, sem água e sem energia elétrica a partir de janeiro de 1942 sob rigoroso inverno o exército nazista sofreu baixas significativas e suas tropas e após  enfrentar o exercito vermelho tiveram que recuar e abandonar o país, a desastrada invasão a União Soviética foi o marco inicial da derrota nazista na 2ª guerra mundial. O fim desta história todos nós sabemos...

Volvendo a nossa realidade soteropolitana percebe-se a utilização da mesma tática (terra arrasada) por parte de grupos políticos conservadores e que foram rejeitados nas urnas pelo eleitorado por quatro eleições consecutivas (2004, 2006, 2008 e 2010) e que almejam a qualquer custo voltar ao poder, destaco que infelizmente é quase certo que a cidade de Salvador seja excluída da Copa do Mundo de 2014.

Um fato deveras lamentável e que será uma humilhação para a Bahia no cenário nacional e internacional e seguramente será utilizado como instrumento de marketing político pelas forças sombrias que comandam setores da imprensa local, detém o comando da SALTUR – Empresa Salvador Turismo e querem voltar ao poder apesar do eleitorado tê-los rejeitados nas urnas por quatro  vezes consecutivas (2004,2006,2008 e 2010).

Destaco que não adianta Salvador ter um belo estádio de futebol (Arena Fonte Nova) se a 1ª capital do Brasil não dispõe de uma mínima infra-estrutura para a sua população tão sofrida e para receber os milhares de turistas que visitarão esta cidade e que nos últimos anos já não se encantam mais como antes, pois  São Salvador da Bahia de todos os Santos, a Terra do Senhor do Bonfim se transformou em uma “terra arrasada”, num palco de disputas políticas que chegaram a uma baixeza sem precedentes em seus 462 anos de história.

E ainda, cumpre alertar que quinze meses talvez não seja um tempo razoável e suficiente para que o novo prefeito de Salvador (que será eleito daqui a 8 meses e meio ou 9 meses e uma semana se houver 2º turno) a partir de 1º de janeiro de 2013 adote todas as intervenções necessárias para sanar tantas pendências nesta cidade.

Conclusivamente, percebe-se que hoje é o tempo que corre contra a cidade e por força desta absurda balbúrdia política e administrativa que paira sobre a “cidade arrasada” talvez não seja mais possível correr contra o tempo a partir do ano que vem, pois o jogo político em torno da sucessão municipal em Salvador chegou a um nível rasteiro nunca antes visto em sua existência.

Antoniel Ferreira Junior

Salvador, 21 de janeiro de 2012.
  • Mendes nega racha no PSOL‏

21/01/2012
Para eleno bonfim, EdineiBoca, GM joserenatos557@gmail.com



Mendes nega racha no PSOL e critica "dogmatismo evangélico" de sindicalista
20/01/2012 15:50
“Surpreso e assustado” com a saída de Gustavo Mercês do PSOL, o pré-candidato da legenda a vereador e presidente estadual, Marcos Mendes – que foi informado pelo Política Hoje da decisão do sindicalista – negou que exista uma separação dentro do partido, apesar de membros da executiva nacional da legenda terem revelado ao PH que conflitos provocaram um “racha”. O sindicalista abandonou o PSOL motivado pelo que chamou de “defesa exacerbada do movimento LGBTT”, fato confirmado pela mesma fonte, que ainda criticou a imposição de outros pensamentos como a legalização do aborto para toda a militância e a “falta de diálogo”.
Por outro lado, Marcos Mendes garante que os debates acontecem, mas justificou que “quando a maioria vence é preciso seguir” a mesma linha de ideia, apesar de assegurar que “qualquer militante pode deixar clara sua opinião” desde que também revele como pensa o partido. Para ele, o “único caso dentro do PSOL” onde um membro se disse isolado foi o de Gustavo. “Ele sempre foi da igreja, mas de 1 ou 2 anos para cá ele entrou no pragmatismo evangélico, ficou muito dogmático. Ele começou a tentar colocar em discussão coisas da bíblia e da igreja, mas o partido é laico”, criticou Mendes.
A versão de Mendes é contrário a obtida pelo PH através do membro do diretório nacional e baiano. “O partido está indo de encontro a Constituição. Isso é um equívoco de alguns setores do PSOL que são contraditórios à liberdade e até a religiosidade. Como vamos ignorar a religiosidade? Quem é contra o aborto só serviu para fundar o PSOL?”, disparou o integrante que preferiu não se identificar para evitar maiores problemas dentro da legenda. 
 
Sandro Badaró